A tribalização é uma megatendência no mundo atual. A eleição de Donald Trump, de Bolsonaro; o Brexit, os movimentos populistas e os separatismos, juntamente com o retrocesso democrático na Europa Central e Oriental, são alguns exemplos da tribalização no mundo atual. 
 
Alimentada pela antiglobalização e pelas políticas de identidade, a tribalização reergue barreiras; coloca as diferenças culturais à frente do diálogo, da colaboração e dos valores liberais universais em que vivemos.
 
De uma forma muito clara, Marlene Wind descreve como alguns governos tendencialmente autocráticos, embora democraticamente eleitos, se aproveitam das fragilidades das democracias para, lentamente, controlarem as instituições, a comunicação social e os atos eleitorais e, dessa forma, se perpetuarem no poder e manipularem a vontade popular.
 
A Tribalização da Europa é uma chamada de atenção que recorre a um vasto leque de exemplos, desde o Reino Unido aos EUA, de Espanha à Hungria e Polónia, onde Marlene Wind advoga que a fragilização intencional dos valores democráticos são mecanismos de ativismo político e manipulação popular.